03 junho, 2009
Verões
O rapaz era bonito.
E forte,
e moreno.
Da cor de um marrom
combinando com o verde das folhas.
Iam juntos pra fazenda,
ele caminhando na frente,
valente e viril.
Meio bêbado,
beliscava suas coxas.
Casa de farinha,
curral,
casa do vaqueiro,
cavalos, cana de açúcar,
pele quente, ingá,
cana de açúcar
e o tempo a favor.
No planeta,
um céu bem azul e
seriguelas madurinhas
tiradas do pé.
O mundo girava tonto
e lento,
no ritmo da menina,
muito vento.
Ninguém sabe
onde foi parar o sumo
desses verões.
Martha
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13 comentários:
Que ritmo gostoso, que poema delicioso. Maria, quem é Martha?
Muito bem, então. Parabéns! Gostei muito.
Além do ritmo de fato delicioso, esse "sumo desses verões", sumamente rico! Dá-lhe, Martha/Maria!!!
Muito bonito, Marta!
Oi, moça! Os belos versos de Carlos Drummond me trouxeram aqui. Gostei muito do pouco que li e pretendo voltar.
Um beijo.
Ai, que vontade de comer seriguelas...Gosto mais daquelas meio verdes, inchadas, prestes a amadurecer...Ai
Maria: não tenho a antologia, mas estarei com Goulart no dia 17 na Academia de Letras porque nós dois falaremos sobre os sites e os blogs literários. Ele ficou de levar suas novas edições.
Já tinha lido aqui o poema "Neologismo", de Bandeira. Imagino que você também seja muito banderiana.
Muito bonito, querida. Ganhei de presente a antologia e mal posso esperar para entrar em contato com sua poesia.
bjs
Desconfio que você saiba muito bem onde foi parar o sumo desses verões. Deve vir de lá a inspiração para tantas poesias belas.
Lindo poema, Martha!! Obrigado pelo aviso do meu poema em Plataforma, a Silvia levou e me deixou recado.
Bjs
Nami
os verões ficam na sombra do inverno!
gosto mais ainda de suas poesias com cheiro de interior, é como se vc estivesse falando por mim.
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