Mãe,
surpreendo-me com a eternidade
quando distraída repito seu gesto,
tão parecido parece igual
trançado nos traços do rosto
e nas traças do tempo.
Tempo que banha o seu e o meu corpo,
que fez do meu ventre, abrigo,
revolvendo o ponto de partida,
disfarçando-nos em irmãs.
Martha
11 comentários:
Quando a gente se torna mãe, vem esse entendimento meio tardio sobre a propria mãe...Eu sinto assim...
porque dia das mães é todo dia!!!
Gostaria tanto de ter dito esses teus versos olhando nos olhos de mamãe enquanto isso era possível. Nunca acreditamos que um dia ela partirá, até que isso acontece. E a dor nunca esmorece...
Lindo demais, Martha.
Beijo,
Conceição
cada vez mais a sua forma de tecer as palavras-fios, em poesia, me encanta!
linda poesia,
linda pessoa!
xeros
Poxa, que bonito! Singelo!
beijos, linda e boa semana
MM
alfazema...
te amo.
Uma irmã que cede lugar no seu corpo à outra,que agradece cedendo lugar nos seus traços.
Lembra que eu te falei que adorava esse poema,Martha?
Pois é, CONTINUO ADORANDO!!!
um bjo,
Silvia
Eu também, Silvia!
Esse poema de Martha parece ter sido escrito para mim e mamãe que temos idades tão próximas e, sendo eu a primeira filha, os dois últimos versos são perfeitos:
"revolvendo o ponto de partida
disfarçando-nos em irmãs".
Bjs.
Tânia
A maternidade me surpreende, mas... conseguir exprimí-la, nossa, muito mais.
Lindo.
Martha, que coisa linda!
Verônica
Postar um comentário