Eu vim à vida a passeio.
Como não sei onde fica o norte nem o leste, me sentei do lado do Sol e não pude o melhor da viagem: ver a vida da janela. Abriu-se a portinhola de dentro e percorri labirintos de mim.
Quem não tem pedra, caça com satélite.
Estamos dentro de um bicho chamado galáxia. A galáxia está caminhando e a Lua lentamente se afastando da Terra.
Para ser telúrica: Estrela é como gente, era azul, está amarela e vai morrer daqui a quatro milhões de anos. O Sol vai engolir a Terra.
Ver as Estrelas do céu transborda a nossa emoção.
Os decibéis dentro do ônibus chegam ao limite da dor. Mas são alegria.
Um menino em silêncio conta os cavalos na estrada.
Passa vaca,
passa boi,
passa enxada.
Passam mulher e homem,
caminhão,
borracharia,
casas solitárias.
Passam folhas de bananeira
e varal de cores variadas.
A poesia faz morada na boca das crianças:
quando escuto essa música sinto alívio no coração, diz Alexandre,
e Warney anuncia: o Sol é o mundo pegando fogo.
Como não sei onde fica o norte nem o leste, me sentei do lado do Sol e não pude o melhor da viagem: ver a vida da janela. Abriu-se a portinhola de dentro e percorri labirintos de mim.
Quem não tem pedra, caça com satélite.
Estamos dentro de um bicho chamado galáxia. A galáxia está caminhando e a Lua lentamente se afastando da Terra.
Para ser telúrica: Estrela é como gente, era azul, está amarela e vai morrer daqui a quatro milhões de anos. O Sol vai engolir a Terra.
Ver as Estrelas do céu transborda a nossa emoção.
Os decibéis dentro do ônibus chegam ao limite da dor. Mas são alegria.
Um menino em silêncio conta os cavalos na estrada.
Passa vaca,
passa boi,
passa enxada.
Passam mulher e homem,
caminhão,
borracharia,
casas solitárias.
Passam folhas de bananeira
e varal de cores variadas.
A poesia faz morada na boca das crianças:
quando escuto essa música sinto alívio no coração, diz Alexandre,
e Warney anuncia: o Sol é o mundo pegando fogo.
Martha
11 comentários:
Somos o imediato. O resto é poesia, imaginação, os dois lados da mesma consciência.
Mathinha adorei a poesia! Vou imprimir e ler para os meus alunos!
Um beijão!
Mônica
SIM. LINDO!
Nos vemos em Antares , a outra Terra-do-Nunca , comandada pelas crianças-poetas , onde o fogo só queima tristeza.
Martha,
É porque a gente está mesmo a passeio, e assim como você, não sabemos sobre o norte...
Afora poesias e fantasias, tudo nos é invenção, só para nos distrair!
Beijos galáticos.
Márcia
A poesia faz morada na boca das crianças, sim. E nós brincamos de voltar à Infância...
Obrigada pelas felicitações, querida. Eu postei aquela poesia na madrugada de ontem pra hoje e achei que já iria constar como dia 18. Só hoje à tarde que vi que saiu como dia 17. Na verdade meu aniversário está começando nesse minuto (são 00:01 do dia 19). E daqui a pouco chega minha vez de lhe felicitar!
Beijo grande.
E olha que eu já estive em Antares...
Mas nunca com tanta alma poética
Olhos de encanto
Magia
Em pleno, elétrico e estafante dia.
Voltastes bem?
Bjin
Liris
É verdade, querida, a poesia tem morada certa: a boca banguela das crianças ;o)
beijos e boa semana
MM
Muito bonito!
=)
Obrigado pela visita.
Kandandu
Marthinha,
Fiz a viagem todinha. Também queria ter vindo a passeio, mas nessa, vim a trabalho e uns passeiozinhos de vez em quando que ninguém é de ferro.
Agora, que tu tá quase se picando com a lua, tá. Adorei. 'Bora.
bjo,
Silvia
O sol é a terra pegando fogo...
Que imagem linda, Marthinha.
Poesia pura em todas as linhas. Parabéns!
Grande abraço,
Conceição.
Eu vim a vida a passeio.
Excelente visão do existir, do estar-no-mundo.
Um beijo, Poeta.
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