Sofrimento
No oceano integra-se - bem pouco! -
uma pedra de sal.
Ficou o espírito, mais livre
que o corpo.
A música, muito além
do instrumento.
Da alavanca,
sua razão de ser : o impulso.
Ficou o selo, o remate
da obra.
A luz que sobrevive à estrela
e é sua coroa.
O maravilhoso. O imortal.
O que se perdeu foi pouco.
Mas era o que eu mais amava.
Henriqueta Lisboa
4 comentários:
Uma pedra de sal, livre espírito, o som... bela escolha Martha querida.
O seu blog é lindo.
Abraço imenso
Verônica
Que lindo. O que mais amamos nunca é pequeno, é sempre grande, muito grande, e por mais que pareça pequeno aos olhos com névoa dos outros , para nós é enorme porque amamos.
caramba, Martha,
Isso é muito bonito e triste, pois me lembrou de uma pequena notícia, comunicando a morte de uma pessoa, que para eu e muitas outras pessoas não tem o menor sentido, mas que para os entes queridos do morto, fazem toda a diferença em uma vida inteira.
São os detalhes, como precisamos nos proecupar com os detalhes. Como o relaxamento é importante. Que duelo.
Beijocas,
Fred
"(...)
... foi pouco mas era o que mais amava"
E ponto foi qual um suspiro...
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