16 abril, 2018


Óbvio que eu, nascida na década de sessenta, venho acumulando situações em que a força simbólica e/ou física dos homens despenca sobre mim. Mas doeu, ontem, ser xingada de mulher, sim, fui xingada de mulher, por um homem com muito ódio, em uma moto, cuspindo porrada na janela do carro. Em todos os gritos estava a palavra: mulher. No final da agressão verbal, um forte murro no retrovisor não deixou nem um pedacinho de plástico pra contar a história.
Quem conta a história sou eu, esta mulher chamada Martha. 
Momentaneamente ele conseguiu o que queria, fiquei realmente com medo e acuada. Mas, rapaz, siga seu caminho e me erre, eu adoro ser mulher.

M.

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