Todas as noites
teus barcos partem para o mar
A ondulação do teu corpo
sustenta a alma marinha.
São teus olhos humanos e aflitos
que enchem os oceanos
Por toda a escuridão
tu gritas
de barco a barco
voz e abismos.
Tu te arrebentas
morta-viva nas planícies colossais
no relevo acidentado das águas
o talude
tua desolação e isolamento.
Na fossa das marianas
tu és, dentre todas,
a mais estranha criatura.
Martha
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