11 fevereiro, 2014














SAGRAÇÃO

Te aceito como se música
a tocar-me os ossos, como
se um rito 
me abrisse em brisa,

ó tiara de lua cheia!, 
ó chão de xananas!

Vê,
o mar sangrou meus frutos 
em tuas falésias. O mar
que é memória 
e sagração.

Se disseres à lua nômade
--dança sobre as águas, ó
flor invertebrada, ela 
o fará. Porque

tudo se rende ao secreto
dom de amar.

É assim que mordes minha casca
mítica, 
por onde escorrem
estrelas sobre ti.

Salgado Maranhão

Nenhum comentário:

A Chuva de Maria

A Chuva de Maria

Muadiê Maria

Muadiê Maria