10 fevereiro, 2014


Magoada. A pele aberta em feridas.
Janeiro corta, sanguíneo,
com seu excesso de claridade.

O grilhão do recomeço me fere
com sua vocação para a dor.
O suor de janeiro é lâmina na pele.

Luz nas feridas, luz sobre as chagas
Expio no abismo da minha pele
janeiro esfolar.

Anêmica. Para viver janeiro
finjo ter sangue no olho.

Martha

Um comentário:

Tania regina Contreiras disse...


Um belo poema, Martha! Do janeiro...

Beijos,

A Chuva de Maria

A Chuva de Maria

Muadiê Maria

Muadiê Maria