Magoada. A pele aberta em feridas.
Janeiro corta, sanguíneo,
com seu excesso de claridade.
O grilhão do recomeço me fere
com sua vocação para a dor.
O suor de janeiro é lâmina na pele.
Luz nas feridas, luz sobre as chagas
Expio no abismo da minha pele
janeiro esfolar.
Anêmica. Para viver janeiro
finjo ter sangue no olho.
Martha
Um comentário:
Um belo poema, Martha! Do janeiro...
Beijos,
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