20 fevereiro, 2011









Boneca lavadeira-Cecília Menezes


À tarde, chegava a magrinha lavadeira
com seu cheiro bom de sabão.
Contava seus casos de amores e pratos
quebrados, e eu, com minha letra tímida,
enfileirava o rol de roupas.

M.

7 comentários:

cirandeira disse...

Que lindo! Aquelas estórias eram
fascinantes demais! Bons tempos,
aqueles...

Bernardo Guimarães disse...

que bonito! senti o cheiro de sabão de massa...

Mariana Botelho disse...

me lembra as lavadeiras na beira do rio jequitinhonha. e dá uma saudade, uma vontade de sair plantando, criando galinhas e morar no mato...

Raiça disse...

Dá pra sentir o cheiro do poema...


Quanto à vontade de escrever em formato de cartas, ela é muito fruto do seu chamado em relação a isso, Martha. Lhe agradeço por isso e por muitas coisas.

Beijo grande,
Rai.

M. disse...

Lindo, lírico.

Não tou esquecida, vi? É que tou com a corda no pescoço. E a mulher alada anda voando por aí.

Bjs.

Bípede Falante disse...

Adorei :) Adorei esse rol de roupas e letras.
beijo

Nilson disse...

Tb senti o cheiro. Poema delicado e intenso!

A Chuva de Maria

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Muadiê Maria

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