Nem tudo tem nome.
As palavras se picaram. Fugiram desembestadas, subiram a pirambeira, desceram ladeira abaixo. Ficaram cansadas.
Fiquei olhando, impotente, elas se esconderem na mata, quase consigo pegar pelo rabo uma palavra que se enterrava na areia. Não consegui nada. Mais triste me deixaram as que se afogaram, nadaram, nadaram e morreram na praia.
As palavras me abandonaram.
M.
7 comentários:
Adorei!
M.
Nem tudo tem nome mesmo. Grande conclusão e um grande alívio :)
beijos
Pelo visto, não...
Chame pelo kimbundu e palavras belas virão, como o seu muadiê, como avilo, pois toda palavra é transformada pela sua poesia. Use o H, esse charmoso H entranhado em seu nome, prenúncio de um grande amor, seu companheiro de jornadas, H.
um beijo do seu amigo de Americana-SP.
E aí elas voltaram e se reuniram nesse seu texto belíssimo!!!
mais um texto que leio, leio e penso: eu poderia tê-lo escrito, mas nunca soube como!...
e se juntaram pra fazer uma lindeza dessa!
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