Quando Marta ficou sozinha
Quando a alegria foi embora,
Marta só ouviu o ruído
do vento forte na janela
e, no chão, estalos de vidro;
Fechou a janela, a cortina,
e voltou à sua rotina;
não compreendia, nesse tempo,
que o reverso de uma alegria
não é a tristeza, é o silêncio;
e as semanas ficaram longas
e caladas, sombra após sombra.
Alberto da Cunha Melo
Um comentário:
Alberto da Cunha Melo, esse pernambucano arretado!, tem uns poemas belíssimos!, Marta. Que bom
vê-lo por aqui...
Postar um comentário