18 julho, 2010


Quando Marta ficou sozinha

Quando a alegria foi embora,
Marta só ouviu o ruído
do vento forte na janela
e, no chão, estalos de vidro;

Fechou a janela, a cortina,
e voltou à sua rotina;

não compreendia, nesse tempo,
que o reverso de uma alegria
não é a tristeza, é o silêncio;

e as semanas ficaram longas
e caladas, sombra após sombra.

Alberto da Cunha Melo

Um comentário:

cirandeira disse...

Alberto da Cunha Melo, esse pernambucano arretado!, tem uns poemas belíssimos!, Marta. Que bom
vê-lo por aqui...

A Chuva de Maria

A Chuva de Maria

Muadiê Maria

Muadiê Maria