Ubaíra
O vale verderepousando em ondas
e ela sob o verde
pousando seu olhar no vale.
Cansaço profundo às vezes lhe dá.
Sobram tardes
falta coragem.
Perdeu o prumo,
o rumo, há horas...
Rouba-se horas há anos,
não vê?
E no pólo sul onde faz tanto frio
e no pólo sul onde faz tanta noite sem dia
nesta escuridão lhe falta ar.
Respira com a boca bem aberta
bem ávida de vida.
Martha
6 comentários:
"Rouba-se horas há anos,
não vê?"
Impacto. De repente, também tomo consciência disso.
Muito bom.
Martha, preciso do seu email para lhe enviar o convite do Mínimo Ajuste para ser autora. Escreva para minimoajuste@gmail.com ou bipedefalante@gmail.com
Sim, essa é uma descoberta que tb me diz respeito: rouba-se horas há anos. Bom estar de volta por aqui, Martha!
Lindo!
a alma da poetiza falando do micro e macrocosmos!
xaxuaxo
kimdaMagna
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