Proibido proibido
a Jack Dubbelt
Tempo
horrível tempo
em que um centauro esplêndido me passeia
e acorda em mim azul azul
como o espelho azul dói entre nuvens
nuvens no azul de alguma tarde.
Invento um rio que não pára
dentro do seu sangue
e dentro dele estarei (nem que não queira).
Isso destrói como uma garra
que fecha e abre dentro da fechada carne
mas que fazer senão estar acordada na desordem
quando não se é mais que fera fera fera.
Centauro, há coisas que não se destroem.
És uma destas.
Olga Savary
3 comentários:
Obrigada, Marta. Bjs
Que poema instigante! Não conhecia
a autora. Obrigada por partilhá-la.
Um abraço
Savary e seus centauros, Tessália não lhes coube, e eles vagam em pastos de poesia. abraço
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