14 dezembro, 2009














Cidade vista do mar
Diógenes Rebouças

Dezembro

Pelo caminho eu vejo
as lânguidas curvas da minha cidade.
Minha cidade feminina
recebendo toda nua
a virilidade do verão.

A terra convertida em fogo
pelo sol quente e despudorado.
O suor escorrendo morno
pelas encostas e morros.

Em Dezembo
não há como escapar
da sua voracidade.


A cidade quer pacto de sangue
eu faço

com os dedos cruzados.


Martha

4 comentários:

Gerana Damulakis disse...

Um poema carnal, adorei a cidade e o sol e o verão e uma relação tão sensual.

NAMIBIANO FERREIRA disse...

"Bonitamente" bonito este seu pacto de sangue... parabéns!!!
Saravá Bahia de todos os Santos, de todos os Deuses, de todos os homens, sangue do mesmo sangue!
Feliz Natal e próspero Ano Novo!
Kandandu mwangolé!

Anônimo disse...

Perambulei pelas altas horas da madrugada por aqui...e posso afirmar que gostei daqui...vou seguir
esmaques pra ti!

Nílson disse...

Demais! Expressa bem o que tenho sentido esses dias: verão e Salvador são uma coisa só! Um poema sensorial e afetivo sobre essa nossa linda sofrida cidade!!

A Chuva de Maria

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Muadiê Maria

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