Cidade vista do mar
Diógenes Rebouças
Dezembro
Pelo caminho eu vejo
as lânguidas curvas da minha cidade.
Minha cidade feminina
recebendo toda nua
a virilidade do verão.
A terra convertida em fogo
pelo sol quente e despudorado.
O suor escorrendo morno
pelas encostas e morros.
Em Dezembo
não há como escapar
da sua voracidade.
A cidade quer pacto de sangue
eu faço
com os dedos cruzados.
Martha
4 comentários:
Um poema carnal, adorei a cidade e o sol e o verão e uma relação tão sensual.
"Bonitamente" bonito este seu pacto de sangue... parabéns!!!
Saravá Bahia de todos os Santos, de todos os Deuses, de todos os homens, sangue do mesmo sangue!
Feliz Natal e próspero Ano Novo!
Kandandu mwangolé!
Perambulei pelas altas horas da madrugada por aqui...e posso afirmar que gostei daqui...vou seguir
esmaques pra ti!
Demais! Expressa bem o que tenho sentido esses dias: verão e Salvador são uma coisa só! Um poema sensorial e afetivo sobre essa nossa linda sofrida cidade!!
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