01 agosto, 2009

Entropia

De uma camada a outra,
trapezista sem trapézio,
viaja o afoito elétron
entre o improvável e o incerto.
E logo a seguir, um outro
e um outro e um outro
e um.

É sempre assim:
essa incessante energia,
esse desassossego doido,
essa esculhambação da matéria
na periferia das cidades
e das pessoas
e dos átomos.

Sidney Wanderley

3 comentários:

aeronauta disse...

Sidney Wanderley é realmente um grande achado. Muito bonito o poema.
P.S.: Marta, gostei demais de ter conversado com você. Parecia que já nos conhecíamos há décadas. Um abraço.

Gerana disse...

Sidney é um poeta que presta atenção a cada palavra que usa. Da linhagem de um Cabral, seus poemas devem ser lidos e relidos; em cada leitura o peso recaí sobre certa palavra.
Sou sua fã desde o século passado.

Gerana disse...

Erro:onde está "recaí",é recai.

A Chuva de Maria

A Chuva de Maria

Muadiê Maria

Muadiê Maria