Retrato Ardente
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
Eugênio de Andrade
4 comentários:
Martha, obrigado pela visita e sugestão. Eu tenho uma pessoa muito boa que rabalha comigo, mas naquele dia não pôde me pegar na hora que precisava. Vou aceitar tua sugestão de ter uma segunda opção. Bjs
ff..fase f..
Eu amo Eugénio de Andrade. Um dos meus poetas favoritos.
:)
Belíssimo! :-)
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