Eu peço socorro baixinho.
Pra morrer basta estar vivo, quem foi que me enrolou no xale da doida?
Doido não é bom, e para um doido, outro.
O sol vai nascer, o sol vai se por, vai nascer, se por, nascer, por... Para ter confiança, é preciso coragem e força, essas palavrinhas mágicas, mais fáceis na juventude.
Meu coração arranha. Ás vezes.
Muitas vezes.
Mentira, não sou nunca deserto, estou sempre cheia de sentimentos, pensamentos e medos.
Eu não poderia ser água, pedra, flor ou passarinho?
Quem foi que me enrolou no xale da doida?
Descatastrofizar, disse o homem do anel, o homem estudado. Não sei nem pronunciar essa palavra.
Eu não poderia ser nuvem, areia, montanha ou graveto?
Eu peço socorro baixinho.
M.
5 comentários:
nesse xale a gente se enrola sozinha, ou pensa que.
o coração arranha, a gente alisa... você escreve.
bjos
Feliz aniversário (bem baixinho, pra não acordar dor alguma)... e
Parabéns por essa intimidade com as palavras.
Da próxima vez que vier até Alagoas, siga em linha reta até meu Pernambuco! Clovinho, Cida, eu, Ceça, Verônica e quem mais quiser do Pi, vai lhe levar para a Ladeira da Sé em Olinda, pegar a ponta desse xale, lhe empurrar ladeira abaixo e lhe desenrolar dele, viu? No final comebemoraremos!
Psiu, amanhã falo com você.
esse pedido de socorro baixinho em palavras tão bonitas, bem escritas-arrumadas... Adoro quando eu mesma estou enrolada no xaile da doida, apertada de costura, chovendo e fartando água!
Grande Martha Muadiê!
Beijos de Maria
ai, vc escreve tão lindo, adoroooo
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