28 fevereiro, 2009
Tagore
Do amor
Por muitas noites e luas
em uma garrafa de náufrago
deslizou nas águas do rio
a promessa que lhe faço.
Você respondeu com música
batendo forte os pés no chão.
Você quer leitura
na palma da minha mão.
Cantei em sua língua cigana
É pela cintura, rapaz,
que você deve me enlaçar
nessa dança.
Cigano,
será contra o vento
se acontecer à beira do mar.
E se for à beira
do precipício do mundo
será tontura e estrelas
o céu de suas palavras.
No abraço,
escutarei em meu peito
a desordem do seu coração.
Um desgoverno danado
Em meu peito,
dois pandeiros
E a porta aberta pro sul.
Martha
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12 comentários:
poderia ficar calada, mas tenho de repetir: gosto muito de seus poemas.
martha:
muito bom.
romério
Encantada estou, Matha, com seu lirismo. Beijos. M.
Poesia que encanta!
Adorei "a porta aberta pro sul". Também gosto muito dos seus poemas. Tô pensando em 'roubar' esse, lá pro Blag. Posso?
Martha, o mundo cigano de seu poema ficou tão forte em meu inconsciente que resultei roubando essa imagem poética para chamar, clamar, pelo universo.
Martha -
Este poema é belíssimo, ao meu gosto ainda melhor e mais alto que os outros. Adorei. Parabéns, parabéns, parabéns.
(PS - E agora entendi o post de aeronauta, vou lá dizer isso a ela, rs)
amores ciganos são perigosos, mas deliciosos....
beijos, querida e boa semana
MM.
Amei o poema leve, simples, como toda palavra sã deve ser.Beijo lindinha.
Isso sim é amor
Amor carmim
Sem fim
Sim senhor
De louvor
E ardor
E tenho pra mim
Que é o mais belo sim
E o de mais vasta cor...
Belo poema, sábias palavras!
Martha, seus poemas são um mar de impressões, de sons e de imagens... "a desordem do coração" é simplesmente lindo! parabéns!
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