Katia,
quando eu era criança, achei um ninho num arbusto na casa de meu avô. Achei tão lindo que peguei nos filhotinhos. A mãe os abandonou e as pessoas me disseram que ela fez isso porque sentiu meu cheiro nos passarinhos.
Fiquei arrasada.
Deixei a menina chorando no coreto da praça.
Larguei lá - a menina chorando no quintal
passarinho morto na mão.
A menina parada
com seu vestido cada vez mais curto,
estatelada.
Tanto gritou que escutei
e fui buscá-la.
Um beijo,
quando eu era criança, achei um ninho num arbusto na casa de meu avô. Achei tão lindo que peguei nos filhotinhos. A mãe os abandonou e as pessoas me disseram que ela fez isso porque sentiu meu cheiro nos passarinhos.
Fiquei arrasada.
Deixei a menina chorando no coreto da praça.
Larguei lá - a menina chorando no quintal
passarinho morto na mão.
A menina parada
com seu vestido cada vez mais curto,
estatelada.
Tanto gritou que escutei
e fui buscá-la.
Um beijo,
5 comentários:
Fazem eco
Eco
Os gritos dela
Dela
Infantis
Tis
Kátia
Ia
Como não pia
Ia
O pássaro que jaz
Jaz
Tão atrás
Trás...
Gostei do formato poema-carta. Permite confissões deslavadas. Posso adotar? hehehe
Quanto ao blog dos Kiriri, muito provável a al quaeda ter blog, tanto quanto jornalistas à favor do governo americanos. Blogs conservadores derrubaram um âncora de jornal televisivo nos EUA, provando que as informações que ele divulgou estavam erradas. E ninguém fala mal dos jornais, das redes de tv e das editoras. É gente que gosta de se institucionalizar, encastelar no poder e ditar regras.
Beijo
Salve Jorge!
Sandro, adoro cartas.
Martha, a carta desvela uma intimidade, e é tão poético em você, é tão lindo, que a gente fica querendo mais e mais.
Pressinto que um dia você vai escrever um livro inteiro nesse estilo...
beijo!
Ana Cecília
Oi, Martha, vou responder lá no "Madame". Com a coisa da cirurgia, só li agora nossa correspondência incompleta. Beijos.
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