Restaram:
um apito cor de rosa e um lilás
uma certa desolação
sangue correndo nas veias
Cotidiano:
da cumeeira
do edifício
de sonho
no derradeiro suplício
me
jo
ga
rei
- de cabeça –
no balde
de realidade.
Es pa ti farei-me
na queda
espalharei-me
pelas bordas.
Martha Galrão
10 comentários:
Oi, Martha:
não pensei que uma greve pudesse render um texto tão lindo.
Parabéns.
Seu texto já está lá no Histórias de Professores.
Obrigada e beijos.
Pena que minha passagem pelo sarau foi tão relâmpago, né? Queria ter ficado mais, mas não deu. Como terminou?
Seus poemas são lindos! Adorei tudo! Um beijo grande.
Belo!!!!!!!!!!Nas entrelinhas, sempre Martha! Viva!
beijos
Bravo Bela! Bravíssimo!
Gostei muito, mas muito mesmo da construção do poema. Você tem me dado momentos de uma poesia renovada. Isso é bom nesse tempo de tantos poetas e pouca poesia.
Um beijo afetuoso.
Depois de greve e festa de aniversário sempre sobram apitos...
Martha, pulando de blog em blog, vim parar aqui... que lindo, estou emocionada.
Gostei de lhe conhecer novamente.
Esse blog é mesmo você.
Beijos,
Denise.
Denise, se você voltar aqui e ler esta mensagem, por favor, me diga de onde te conheço. Fiquei doidinha pra saber quais das minhas queridas Denises você é.
Um beijo
Martha
Lindo, Martha querida.
Sinto cheiro de frustração no ar...
Beijo,
Conceição
Lembrei-me dos meus dois apitos: um branco e um azul. Um no carro, solitário no painel e o outro perdido dentro da minha bolsa, rodeado de todos os papéis do meu cotidiano. Meu filho ainda apita e me recorda os momentos de integração, conscientização e reflexão, esses não se perdem jamais! E também as pessoas surpreendentes que descobrimos nesses encontros e você é uma delas!
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