Não sei de onde vem
a velocidade do mal estar.
Errei o caminho.
A cigarra fere a acácia
e deixa que o secreto escorra
entre a raiz e os ramos.
Quero fazer do meu corpo
um arco nu e alongado
mas o veneno da Língua
me fere como um machado.
Faço um gesto carregado
de medo e náusea -
secreta mistura dos movimentos
de minha mãe, avós, bisavós.
Na seiva corrente dessas mulheres,
eu estou à deriva.
Martha
Nenhum comentário:
Postar um comentário