20 dezembro, 2014


Porque tudo é drama,
ando lentamente por esta alameda,
adiando com meu passo
os compromissos e o carma,
nem disfarço o espanto,
todos entendem algo
que desconheço, cochichando
em voz alta sobre a minha ignorância, 
a enciclopédia britânica
em volumes de pânico, 
e toda a história, narrativas
desconcertantes da memória
em arvoredo. Entreabro
com as duas mãos
o que não se revela, e é fruta,
enquanto há fome, da fome
esqueço.

Kátia Borges

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