Porque tudo é drama,
ando lentamente por esta alameda,
adiando com meu passo
os compromissos e o carma,
nem disfarço o espanto,
todos entendem algo
que desconheço, cochichando
em voz alta sobre a minha ignorância,
a enciclopédia britânica
em volumes de pânico,
e toda a história, narrativas
desconcertantes da memória
em arvoredo. Entreabro
com as duas mãos
o que não se revela, e é fruta,
enquanto há fome, da fome
esqueço.
Kátia Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário