29 novembro, 2013

Agenor e Ramon nas ruas de Valença

Quando meu pai Ramon era criança, o Morro de São Paulo era outro e ele ia pescar com meu avô Agenor. Em um desses veraneios, meu tio José Maria contou que durante a noite, à luz do lampião, viu uma cobra passar por cima de meu pai enquanto todos dormiam.
Ele era surdo e eloquente com as mãos. Meu pai me falou dessa história mais de uma vez, intrigado se seria verdade ou não.
Jamais saberemos. 

Ontem, água, água, muita água caindo do céu, vertical, temporal, tempestade demais para a pequena barragem do Candengo. Abriram as comportas. A água correu louca, horizontal, em agitação violenta. Até pequenos saveiros e barcos ancorados desceram o rio Una.
Nem ferro amparou os saveiros.

M.



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