08 julho, 2013




Não é pra me gabar, mas todas as tardes um garrincha vem cantar pra mim. Não é metáfora. É perto da janela do meu quarto e não consigo vê-lo. Já procurei várias vezes mas não sei onde está.
Quando vou dormir, o ritmo é dos grilos, e se tem chuva, os sapos vêm dar o tom mais grave.
Isso é lindo, isso é consolo, isso é religião.
Ando muito povoada, carente de silêncio. Acho que era disso que eu precisava quando pegava uma bacia de alumínio, colocava dentro as tampas de ferro das bocas do fogão e sacudia um som infernal, ferros no alumínio. Não tinha pensamento que ficasse!
Hoje nem isso dá pra fazer, as bacias são de plástico e a tampa do fogão é presa.

M.

Um comentário:

NAMIBIANO FERREIRA disse...

Outro belíssimo texto!!!

Adoro-te ler, minha amiga!

Bjs
Nami

A Chuva de Maria

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Muadiê Maria

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