A voz é como um rio
Na cabeceira desse rio
a terra firme cede
sob meus pés.
A chuvarada traz
a voz do seu peito
Minha bacia aceita.
Porque chama com gosto
meu nome
oferto meu colo
Entre minhas curvas
suas lágrimas correm.
Nas entrelinhas
a sedição do seu silêncio.
O maior dos perigos
seu torrencial silêncio
conduzindo o arroio
dos meus fonemas.
Martha
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