07 agosto, 2012



Um mês e pouco com dores no braço esquerdo, movimentos bastante limitados. Cetoprofeno, enjoo, omeprazol. Comecei hoje a fisioterapia. Sentei na cadeira para o ultrassom, os choquinhos e os raios infravermelhos. Estou triste pelo motivo dessas dores se instalarem desconfortavelmente em minha cervical. 
Sinto a chegada de mamãe Oxum me envolvendo e me embalando em seu colo. As lágrimas caem silenciosas e muitas e grossas. Escorrem pelo meu rosto, descem pelo meu peito, contornam minhas pernas. Quando vejo há um pequeno rio no canto da sala.
Benditas são as mãos que me tocam com doçura. Adriana, a moça que me cuida, só vê o rio quando já formado. Ela me conta que também é filha de Oxum, minha irmã, portanto.
Para voltar pra casa, sem poder dirigir depois de não sei quantos anos, pego um ônibus. Surpreendentemente o cobrador pisca o olho para mim.


M.

4 comentários:

Diz disse...

Qrda, faça hidroginástica urgentemente, ou yoga- tive mtas dores e curei c hidroginástica. Vc vai esquecer as dores. Melhoras- vc não merece sofrer, minha doce poeta. Bjão Elianne

Carlos Barbosa disse...

Fique bem, boa sorte no tratamento. Abr. (carlos barbosa)

M. disse...

Martha, que texto bonito! Sabe, tive um problema parecido com o seu há algum tempo, fiz muita fisioterpia, mas o que deu jeito mesmo na dor foi acumputura. Ah, acho que também somos irmãs, pois dizem que sou de filha de Oxum menina. Bjs

aeronauta disse...

Também estou aqui estropiada, Martha. Se envelhecer começar assim, o negócio é mesmo feio. Bjos, solidariedade total também.

A Chuva de Maria

A Chuva de Maria

Muadiê Maria

Muadiê Maria