24 junho, 2012


Fazenda Nova


Perto dos cem, Antonio Melo,
meu avô materno, em seus linhos,
tornou-se, em seu sítio, o primeiro
segurança de passarinhos;

de uma cadeira de balanço,
lá na varanda, sem descanso,

 vigiava um Pau d'Arco e brandia
a bengala contra os garotos
que atiravam nas cotovias;

já morto, dizem, nas visões,
lutava contra os gaviões.

Alberto da Cunha Melo


Um comentário:

aeronauta disse...

Que poema maravilhoso! Iluminou meu dia!

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