15 maio, 2012

Vale do Jiquiriçá

Sexta, sábado e domingo foram dias de esplendorosas emoções.
Sexta em Maracás; sábado na praça de Planaltino; 
domingo em Ubaíra e Valença.
Cerca de treze anos sem pisar em Ubaíra.

Coreto da praça de Ubaíra
(e eu, menina, gritando no centro do vermelho)

Casa de meu avô
(pela primeira vez a vejo unida por uma cor só. Eram duas casas transformadas em uma, 
e sempre foram pintadas de cores diferentes


a emoção pipocou tão forte que cogitei a possibilidade de forçar a janela
(eu estava doida doida doida pra entrar na casa, me despedir)
Bia me chamava à razão: Mãe, para com isso, você tá maluca, é?

Chamei a vizinha: Rosita
Lá vem Rosita, 
linda, serelepe, trazendo uma cesta com minha infância, 
fazenda, gado, estrume, cavalo, jegue, ovo, galinha,
meus avós, meus tios, meus primos, meus mortos, meus vivos, 
sumo de frutas, cozinhado, chupa-imbigo, sino da igreja

No abraço, meu coração derreteu um pouquinho
(e saiu derretido pelos olhos)



Em Valença, saudade sempre saudade de meu pai,
aconchego de voltar pra casa, alegria em rever Emília
e os gatos.

Fotos: Haroldo
Foto do gato Pixinguinha: Beatriz

4 comentários:

Ricardo disse...

Todo um universo de afetos, guardado na mais pura simplicidade... isso é você, Martha...

Anônimo disse...

Amiga querida, estou com os olhos marejados, emocionada com sua emoção. Vc é linda! Bj grande, sua irmã Ursa,

Edu O. disse...

como é bom voltar prum canto que é nosso!

Lilia disse...

emocionada sempre com o que leio de você!
lilia

A Chuva de Maria

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Muadiê Maria

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