O CARNAVAL DE 1980
Carnaval é assim:
uma luta, uma mágoa
contra o seco silêncio;
o bater do corpo
sobre tantos limites,
toda fêmea lavada
de suores e prantos
que não secam mais;
essa caixa, esse ritmo
de algum deus tremendo
com medo dos homens;
a vontade de abrir
a braguilha, a garrafa;
de rasgar as túnicas
dos profetas doentes
e fazer o estandarte
do mundo nascendo.
Alberto da Cunha Melo
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