01 novembro, 2010


O tempo dos homens

O tempo dos homens é feito de pedra,
É feito de carne, de sangue, de dor,
O tempo dos homens é feito de tempo
Que é tempo sem tempo, sem luz, sem amor.

Trezentos e sessenta e cinco dias,
Seis horas,
Uns tantos minutos
E segundos,
Leva o mundo
Para girar girando em torno ao sol,
Em sucessão de
Primavera, Verão, Outono, Inverno,
Sol e Sombra,
Noite e Dia.
Eterna imperturbável harmonia.

Os homens não cansam, não param, não dobram,
Comendo, comendo, sem ver, sem olhar,
Os homens não pensam, não falam, não dormem,
No tempo sem tempo do tempo a passar.

Ildásio Tavares

2 comentários:

Gerana Damulakis disse...

Com as homenagens na blogosfera vou lendo as escolhas de cada um e constatando (o que sempre soube) que a poesia de Ildásio é maravilhosa.

Edu O. disse...

Ahhhh este Senhor Tempo que não cansa!

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