30 agosto, 2008


Enquanto a vida acontece,
A casa suspende-se como um poema barroco
Os animais pensam e eu fico só.
Escrevo coisas em desconexo
Apenas para não ficar imóvel.
Não tenho reserva de palavras.
Não há uma fábrica no meu bolso,
Como havia em Neruda.
As abelhas passaram à minha volta
E eu não as pude caçar.
Volaram las palabras.
Ao menos deixaram seu néctar
E aquela cor de pólen impregnou meu pensamento.
Hoje quero vestir amarelo.

Sílvia Câmara

2 comentários:

Unknown disse...

Que família é esse seu blog, tão leve, tão gostoso de ver. Bom, viu?

Sílvia Câmara disse...

Adorei o seu carinho.
Postar meu texto tão humilde.
um beijo

A Chuva de Maria

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Muadiê Maria

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