O Amor antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade
5 comentários:
o amor antigo, se ainda se lembra, já não é antigo... o verdadeiro amor antigo esquece-se! se se lembra é, afinal, actual... porque ainda nenhum outro o matou da lembrança...
Amiga, chorei como louca. Não encontro palavras para agradecer tamanha gentileza.
Obrigada, Marthinha.
Beijos,
Conceição
Que combinação perfeita, amiga!
O amor, o amor, o amor na juventude do carinho de Conceição, na ternura do Tempo, quando ela o cobria de beijos, sorrisos e flores!
Bjs e abraços, de sonhos, quem sabe? - Verônica Aroucha
beleza
e
beleza
"o amor antigo, se ainda se lembra, já não é antigo... o verdadeiro amor antigo esquece-se! se se lembra é, afinal, actual... porque ainda nenhum outro o matou da lembrança..."
Ai, ai, ai... que lindo!
Beijos mil!
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