Quando nasceu, o médico disse:
nasceu uma miss.
Com sorte, contrariou a profecia
nasceu uma miss.
Com sorte, contrariou a profecia
mas nasceu mulher, isso se via.
E contra fatos há argumentos
'menina bonita da perna grossa
vestido curto papai não gosta'.
Foram muitos os ensinamentos
não ser muito justa a saia
não brincar de ousadia
fechar a porta, Maria,
que o boi já vinha.
A avó lhe pedia
em cartões cheios de anjos
pra ser sempre uma boa menina.
Nem sempre ela podia.
Martha Galrão
8 comentários:
Lindo!
Que delícia, Martha! E me lembrei, então, das meias três quartos, de rezar num canto sozinha e se sentir uma menina má e descobrir no príncipe um chato...
Bjs
eu também fui essa menininha, mas nunca tive perna grossa :( magrinha, magrinha, de não pôr saia, nem quando o pai gostava...
e sim, os principes são uns chatos e as princesas umas piranhas malvadas...
de quem eu gosto mesmo é do lobo mau :) ouve-nos, vê-nos bem e no final ainda nos come!!!! O meu herói é o capuchinho vermelho... e sempre gostei de brincar com lobos maus...
Uma delícia este seu poema.
Sempre bom passar por aqui!
Adorei sua visita, também.
Abraço grande.
Eu já havia lido, não sei porque não está com comentário, deve ter sido tiuti...
lindo seu poema.
Sempre são bonitos.
Bjs laura
Muito bonito poema, Martha, bonito ritmo, bonitas melodias e sabedoria malvada.
Que lindo poema! Parabéns! E obrigada por sua passagem lá no aeronauta.
Você podia até, nem sempre ser uma boa menina, mas sempre será uma boa poeta. Lindo!
Postar um comentário