queria ser só
o que de vento se veste:
poeira, grão, semente , algodão.
queria ser só
o que flutua:
pena, flauta, balão.
no dia ser borboleta
na noite ser mariposa,
só delicadeza eu seria:
vaga-lume, orvalho, seixo, lágrima, canção.
mas também sou tudo
que padece:
pedra, amargura, solidão.
mas também sou tudo
que afunda:
pedra, cadáver, escuridão.
Martha
18 comentários:
Maravilha este poema, Martha.
Gostei muitíssimo.
Ótima semana.
Beijos
Um dos mais belos poemas seus.Riquíssimo. Adorei.
....lindo!!
somos mesmo tudo...
xaxuaxos
Lirísmo em alta voltagem. Poesia que se vê, respira e sente.
Somos tantas coisas. E vc exprime isso muito bem. Beleza!
Belo. Belíssimo.
Concordo com Gerana: um dos mais belos poemas seus! Parabéns!
Lindo, Martha! Adorei!
lindo demais!
muito lindo!
lindíssimo!
Tua poesia é sempre tão bela!
ave maria, me digam aí, o que seria de mim sem vcs?
NADA
Como sempre, um belo poema de minha grande amiga Martha.
Parabéns.
wow. molto belo.
bacci.
Foi um prazer conhecer o teu espaço!
Abraços,
Lou
Lindo e musical. Gostei.
Kandandu
Essa é outra de minhas preferidas!!
Lindo, Marta!
Cecíliamente belo este poema!
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