08 novembro, 2009
Luanda
Gosto dela à noite
a horas esquecidas
Gosto dela quando mais
ninguém anda cá fora
e a sinto toda minha…
O seu corpo grande e negro
é quente e generoso,
e os ruídos no escuro
cães ladrando, carros longe
galos, meninos chorando…
fazem uma sinfonia
morna, calma e tropical
como se fosso o respirar
de alguém que descansa.
É por isso
Que eu gosto de Luanda
a horas esquecidas…
Olho o seu corpo, grande,
o seu corpo negro e generoso
e sinto uma ternura especial
Como se fosse o corpo conhecido
duma amante saciada e adormecida
que se olha com amor e com cansaço
e depois se recorda com saudade.
pintura e poema: Neves e Sousa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
LINDO......
Kandandu
terno e aconchegante poema, fala da terra natal como se fosse uma mãe-amante carinhosa :)
bjos
Puxa, que coincidência, venho aqui, encontro este lindo poema sobre Luanda, e hoje postei um poeta angolano, o Namibiano ... que também encontro aqui! :-))
Muito bonito!
Postar um comentário