Na escassa penumbra da tarde,
sonho.
Vêm me visitar as fadigas do dia,
os defuntos do ano, as lembranças da década,
como uma procissão dos mortos daquela aldeia
perdida lá no horizonte.
Este é o mesmo sol, impregnado de miragens
o mesmo céu que presenças ocultas dissimulam
o mesmo céu temido daqueles que tratam
com os que se foram
Eis que a mim vêm os meus mortos.
Léopold Sédar Senghor
Tradução de Guilherme de Souza Castro
Um comentário:
Obrigado por ter colocado este belo poema de Senhjor no meu blogue enriquecendo-o.
Kandando
Eugénio Almeida
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