22 setembro, 2006

Tagore


















Do amor

Por muitas noites e luas
em uma garrafa de náufrago
deslizou nas águas do rio
a promessa que lhe faço.

Você respondeu com música
batendo forte os pés no chão.
Você quer leitura
na palma da minha mão.

Cantei em sua língua cigana
É pela cintura, rapaz,
que você deve me enlaçar
nessa dança.

Cigano,
será contra o vento
se acontecer à beira do mar.

E se for à beira
do precipício do mundo
será tontura e estrelas
o céu de suas palavras.

No abraço,
escutarei em meu peito
a desordem do seu coração.

Um desgoverno danado
Em meu peito,
dois pandeiros
E a porta aberta pro sul.

Martha

5 comentários:

Aline disse...

Martha, deu pra sentir o som da música cigana aqui... adorei!

Anônimo disse...

"Medo de morrer na praia depois de beber o mar..."

Raiça Bomfim disse...

Belo encontro tive com seu blog... Fruição tão boa... Tatai (essa Taís aí de riba) já tinha me falado de você e me apresentado umas poesias. Fioquei feliz em encontrar mais outras por aqui. Muito bonitas suas letras, Martha!

Anônimo disse...

Belo blog, Martha! E o pandeiro noutro auxílio luxuoso ... bonito, bonito!!!
Vim via Lília, viu?
Bjos,

Anônimo disse...

" o amor na prática é sempre ao contrário"

A Chuva de Maria

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Muadiê Maria

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