Tagore
Do amor
Por muitas noites e luas
em uma garrafa de náufrago
deslizou nas águas do rio
a promessa que lhe faço.
Você respondeu com música
batendo forte os pés no chão.
Você quer leitura
na palma da minha mão.
Cantei em sua língua cigana
É pela cintura, rapaz,
que você deve me enlaçar
nessa dança.
Cigano,
será contra o vento
se acontecer à beira do mar.
E se for à beira
do precipício do mundo
será tontura e estrelas
o céu de suas palavras.
No abraço,
escutarei em meu peito
a desordem do seu coração.
Um desgoverno danado
Em meu peito,
dois pandeiros
E a porta aberta pro sul.
Martha
5 comentários:
Martha, deu pra sentir o som da música cigana aqui... adorei!
"Medo de morrer na praia depois de beber o mar..."
Belo encontro tive com seu blog... Fruição tão boa... Tatai (essa Taís aí de riba) já tinha me falado de você e me apresentado umas poesias. Fioquei feliz em encontrar mais outras por aqui. Muito bonitas suas letras, Martha!
Belo blog, Martha! E o pandeiro noutro auxílio luxuoso ... bonito, bonito!!!
Vim via Lília, viu?
Bjos,
" o amor na prática é sempre ao contrário"
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